Essa é a versão para um filme dinamarquês (2018), de mesmo nome. Se você já viu, terá muito da graça perdida, infelizmente.
"The Guilty" opta por um ator em tela com diálogos via fone, apoiado por uma presente sonoplastia e edição de vídeo para amarrar a atenção da audiência!
O formato da escolha do roteiro e construção da história obrigam o filme a ser conduzido pelo ator principal, não há fuga aqui. Como a interpretação acompanha a necessidade, há equilíbrio em cena, o que fica produtivo sem ser cansativo.
A trama segue uma premissa já usada antes e isso não significa um problema, pois há uma execução bem amarrada com algumas reviravoltas. Você tem surpresas, tensão e quem sabe, um desconforto em não saber o que acontecerá, ou seja, pode agradar alguns! ;-)
Existe velocidade e urgência nas ações, com poucos momentos para relaxamento, o que contribui para o rápido desenvolvimento da história.
Sobre a história... Ela é simples e direta. Há um problema principal tenso e o objetivo de resolvê-lo, o que pode ser um pouco complexo.
Como a voz é o ponto principal de expressão aqui, talvez ela pudesse ter sido melhor valorizada de alguma forma (interpretação, talvez?) ou principalmente os barulhos de fundo que ocorrem durante as ligações. Longe de ser um problema, apenas uma observação de algo que poderia ser mais notório, para realmente trazer angústia ao expectador.
Pela escolha de haver uma única personagem principal em tela, busca-se o cuidado de oferecer alguma substância a ela, seja pelo (des)temperamento um pouco clichê, conflitos e desequilíbrios emocionais ou por uma dificuldade secundária apresentada e esclarecida, próximo ao final do filme.
Um ponto que poderia ser melhor trabalhado, foi abordar de maneira muito superficial (durante os créditos finais), uma observação social que não fez diferença estar ou não lá para a história e aí a questão, se não adiciona, por qual razão incluir?
"The Guilty" pode ser daqueles filmes que embora trabalhe de forma equilibrada no que vale, não atinge o ápice de oferecer alguma característica gloriosa ou marcante.
Entenda, isso não é uma crítica negativa.
Não há furos irritantes no roteiro, ele utiliza um elenco de apoio que executa sua função (muito importante aqui) e aposta em escolhas seguras e sensatas na filmagem. Nada de "flashbacks", edição frenética, barulho desnecessário ou efeitos especiais exagerados. Ter sua atenção é o foco e isso é feito.
Talvez não seja o tipo de filme que faça alguns pensarem em (re)ver tão cedo (ou mesmo rever), justamente por fugir do tradicional de inúmeras personagens em tela, mas pode servir como chamariz para outros trabalhos seja do roteirista, do diretor ou do ator principal - sim, estou lhe dando uma dica direta aqui! ;-)
Até o próximo!
P. ;-)
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Jake Gyllenhaal
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