Se você já assistiu um filme de James Bond, especialmente os 6 últimos, você já sabe o entretenimento que espera receber e boa notícia, você receberá!
A questão principal é: será suficiente para a última aventura com este James Bond?
A espionagem, que poderia ser esperada em um filme em que a personagem principal é um espião, cede espaço para uma dinâmica aventura que não pára. Suas pausas são puramente para explicar ou demonstrar pela interação das personagens algo que seria relevante para o entendimento de tudo que ocorre e ocasionalmente oferecer um quê de alívio cômico, só para relaxar - ou seja, mesma fórmula de qualquer 007 e muito obrigado!
Apesar das situações extremas e inacreditáveis características de um bom 007, seu protagonista continua apanhando, caindo, dando saltos de fé bem reais, demonstrando fragilidade, humanidade e aquela boa vingança "acerto de contas" que tanto agrada e lava nossa alma! ;-)
Atenção que a cota de antagonistas é alta nesta última incursão e pode trazer uma pequena confusão de quem é a ameaça principal (falo sobre isso daqui a pouco), mas o lado positivo é que lembraram de oferecer alguma ajuda a nosso agente. São ao menos duas personagens com destaque e estreiando na franquia:
Agente 1 - Possui uma participação mais "focada" ao auxiliar Bond em um ponto específico para evolução da trama e pessoalmente, acredito que foi muito bem introduzida deixando claro que no mundo deste Bond as coisas mudaram e ele não necessariamente é o "arrebatador sedutor"!
Se há uma crítica é que essa personagem entra e sai rápido demais e pode atrair muito atenção durante seu breve auxílio!
Agente 2 - Aqui poderia haver uma preparação para o que culminaria em algo maior e embora o roteiro pareça buscar demonstrar algum protagonismo à personagem, pode haver a impressão que ela se mantém renegada a uma "peça de suporte" e não a uma parceira para o sucesso de Bond em sua missão ou até mesmo uma expansão do mito e franquia.
Como toda missão que nosso audaz agente participa, os antagonistas muitas vezes podem ser mais marcantes que o próprio Bond pois costumam ir para o exagero, bizarro e geralmente, visualmente tem características que dificilmente os fazem andar na rua, despercebidos.
É irreal demais? Absolutamente!
Essa é justamente parte da graça para muitos fãs de Bond! ;-)
Mas se tudo isso é o grande atrativo nesse magnânimo embate entre vilão e salvador, qual é o problema?
Bom, o vilão desta última "temporada" de James Bond como o conhecemos, pode deixar uma sensação de inexpressividade e o que é pior, de ausência de perigo quando suas ações ou ele mesmo, aparecem em tela. Para uma aventura habitual, já poderia ser algo ruim, mas na última missão apenas faz tudo ser um sacrifício em vão e pode decepcionar algumas pessoas.
"No More Time" não pode ser resumido por um vilão mal aproveitado pois ele ainda direciona e mantém todo o amadurecimento, construção de mitologia e personagens (aposentando e trazendo outras), abordagens diferentes que atualizaram toda uma franquia e como sua principal personagem que mesmo timidamente, foi mudando, sendo mais humana e impulsiva em suas escolhas durante os últimos seis filmes.
Gratamente, há um roteiro satisfatório com muita coisa acontecendo e pouca oportunidade perdida.
Este 007 agrega muitos tiros, clássicas situações de "fila de bandidos para brigar esperando sua vez", saraivada de balas em campo aberto, explosões, lutas bem próximas em que o "mano a mano" grosseiro e sem refinamento acontece e aí somos relembrados de quem é esse Bond. Ele não faz uma dança da morte com seus adversários, ele simplesmente traz a morte usando suas bem sangrentas credenciais de 007.
Atenção ao final e todas as possibilidades que esse novo mundo poderá trazer, caso ele não tenha um novo "reinício de franquia".
Boa diversão pois apesar do vilão, esse é um filme do Comandante James Bond!
P. ;-)
#NoTimeToDie
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Christoph Waltz, Ralph Fiennes, Rami Malek, Ana de Armas, Daniel Craig
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