Violência.
Gangues. Constante Ebulição. Prisões. Ruas.
Violência.
Esse é o cenário principal em Kingstown, uma cidade com sua renda baseada no complexo penitenciário (são sete prisões) e em toda corrupção dentro e fora da lei.
A sacada da série é: quem transita entre esses dois extremos, garantindo que a violência não saia do controle?
"Mayor" é essa pessoa, ou melhor, o título desse cargo extra-oficial.
Como esperado por essa premissa, a violência é presente e necessária. Nada é gratuito e muitas vezes é uma analogia muito clara entre o reino "humano" e o Animal, de uma forma sutil e até reflexiva.
"Mayor of Kingstown" trabalha toda essa cadeia alimentar, o ecossistema criado para abusar de todos e suas classes e jogos de poder. A corrupção, arrogância e ingenuidade cobram seu tributo e ele será Executado pelos dois lados - seja você sujo oficial da lei ou zeloso soldado do caos.
A fotografia é suja, não há vida em suas cores e isso faz o sangue constante não ser tão perturbador, ele é um parceiro necessário e silencioso em cena. Nesse mundo, não há tempo para sentir a perda, somente o necessário para Executar vingança.
Pura, simples, rápida e sem desequilibrar os interesses de quem manda em Kingstown - não é o Mayor!
Uma série com tantos núcleos de poder acaba tendo um involuntário problema, (um dos poucos e talvez o mais relevante), não há tempo satisfatório para dar tridimensionalidade aos jogadores. São arianos, latinos, negros, oficiais da lei.. Além do "Mayor". Parte-se então do conceito pré-estabelecido de como espera-se que eles sejam e segue-se. De forma até que esperta, mostra-se o suficiente para estabelecer a devassidão e extremos que aquelas personagens são capazes - e pode ser degradante em sua sutil e explícita retratação.
Sendo um pouco mais correto, três "núcleos" recebem maior contextualização por serem as peças principais na trama o que permite ver frieza, raiva, e retribuição, por exemplo.
Só para reforçar essa não é uma série para crianças, com drogas, sexo (consentido e não), abuso, morte e a reflexão de como realmente funciona o "sistema".
"Mayor of Kingstown" preenche aquela constante lacuna de oferecer algo sério, marginal, visualmente agressivo, com personagens que trabalham para a trama e não estão acima dela.
Além do "Mayor", não há muita exploração de personagens secundários. Suas vidas são mostradas apenas no necessário para que Kingstown estabeleça sua história.
O "Mayor de Kingstown" é aquela personagem que pode trazer empatia por sua passionalidade, humanidade, agressividade, vícios e sua posição no cargo que recebe, a contragosto.
Clichê? Sim. Funcional? Aqui, completamente.
"Mayor of Kingstown" é sujo sem se preocupar em ser políticamente correto, inserido em um universo que os dramas policiais podem gerar frutos bem interessantes quando não contidos, mas justamente indo até o ponto necessário do equibrilio de chocar pela necessidade e não pela gratuidade do que acontece.
A violência física e psicológica precisa ser real, de forma explícita (maquiagem muito bem feita) ou de forma mais sutil e ainda muito pesada - agradeça pelos momentos "implícitos"! ;-)
É aí?
Já comprou seu ticket para visitar Kingstown? A cidade, não o "ponto turístico".
P. ;-)
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Emma Laird, Jeremy Renner, Kyle Chandler, Dianne Wiest, Aidan Gillen, Derek Webster
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