Só para situalizar e ser justo, um "Canto do Expurgo" chega quando tudo dá errado e não demonstra-se haver um mínimo de esforço para o básico funcionar ou o intuito principal falha colossalmente! Não foi o caso aqui, mas...
É possível notar o cuidado e atenção na busca da entrega do que faz um filme de ação e espionagem funcionar e no respeito pelas personagens principais para que elas demonstrem protagonismo, apresentando-se como algo mais que rostinhos bonitos na tela. Está tudo apresentado ali e ainda assim existem possíveis pontos de atenção.
"The 355" faz um esforço em estabelecer "personalidade" e força em suas protagonistas o que é algo bom, no entanto pode não ter sido autêntico ou crivel na transposição para a tela. Parece aquela situação que no papel é uma excelente, rentável e interessante opção, mas algo sai de foco durante a execução. Talvez a opção da fotografia e edição ou suas coreografias de ação e luta que querem ser impactantes, mas parecem sem vida sejam parte do desfoque - para mim.
Embora o mote inicial seja fraco (mais uma ameaça tecnológica global), isso não significa um problema dentro do gênero, o dificultador maior podem ser os diálogos e interpretações que parecem estereótipos do que seriam os "vilões" e "mocinhos" de 20 anos atrás, trazendo algo datado e quase cafona em alguns pontos.
O mais complexo em tudo é que há situações de ação e perseguição a todo momento.
O roteiro oferece o impacto e a reviravolta (?) e quando não há, cria-se o desejo de diminuir o ritmo mostrando fragilidade e sentimentos pessoais das protagonistas, mas todas essas entregas parecem algo que simplesmente está no roteiro e não soam real.
Falta o clímax para trazer o turbilhão, imprevisibilidade e a explosão, oferecendo tensão ao expectador. Os ingredientes estão ali, mas é quase estático em um filme que sua premissa precisa de tensão, ação, intriga e surpresas...
Supresas... deveriam estar no roteiro, na edição inteligente que poderia brincar (ou não) com histórias paralelas sendo contadas para estabelecer vínculo e quando houvesse o perigo (ou ameaça) reforçarem o sentimento de perda, mas não há dor ou sequer alguma resposta passional e visceral para levantar o "ânimo" e expectativas da retribuição ao golpe do vilão, quando ele ocorre.
"The 355" oferece uma série de blefes no roteiro e interpretações de atrizes que já demonstraram habilidade artística, então esse não deveria ser o problema. Algumas já pisaram no terreno do gênero ação e luta, onde há de se vender o sentimento de "estou com este salto altíssimo, sou franzina, mas eu limpo o chão com você!" e isso é ofertado a todo momento durante este filme e ainda assim a questão é: alguém comprou?
Isso implica em um fracasso completo?
Implica em algo com potencial que quer ser bonito, marcante e termina sem a substância ou presença para ser relevante e lembrado, para incitar uma continuação (que fica jogada como quem não quer nada ali no final).
Quem sabe algo semelhante seja refeito, com uma abordagem e edição que cause curiosidade e excitação para todo o potencial que cinco agentes e agências internacionais podem trazer em um roteiro bem pensado!
Faz parte. ¯\_(ツ)_/¯
P. :-(
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