Bom, se você está aqui, você sabe o que quer e tem uma opinião sobre a série até o momento. Não tem? A minha está aqui! ;-)
Bora ver como foi distribuída a tensão e pressão na vida dos Byrde em sua temporada final?
Primeira coisa, há um aumento interessante na quantidade de episódios. 14 episódios com os regulares 60min média.
Com a divisão da temporada em duas partes, houve a escolha de entregar "coisas explosivas" não explicadas logo de largada e a estratégia do "voltamos no tempo" para ver como aquilo ocorrerá. Por um lado cria curiosidade e atiça, mas por outro talvez entregue algo mediano na "resposta" para essas duas aberturas de temporada e fiquem quase desnecessárias, não sendo nada além do "choque" da dúvida.
A evolução do status quo dos Byrde é evidenciado nos primeiros 10min e isso pode causar um problema na execução desta última temporada por algo simples: Até onde é possível extrapolar o extremo/inesperado e ainda ser minimamente verossímil?
É uma tarefa ingrata e gratificante aos escritores, é verdade.
Elevar as dificuldades, potencializar os adversários e manter a contagem de corpos sob controle(?) em um universo crivel que seja honesto e genuíno com tudo que foi desenvolvido em suas primeiras três temporadas e cativou uma fiel audiência.
Fique tranquilo pois a essência, características e situações explosivas estão aqui, no entanto algumas coisas ocorrem de forma um pouco mais "roteiro mandou" e um são menos "discretas" como nas outras temporadas. Essa preguiça pode trazer alguma insatisfação, nesse ponto, na última! ¯\_(ツ)_/¯
Pela possibilidade de poder atrapalhar algumas experiências já está avisado e portanto, não permita isso estragar sua diversão.
Diversão não é algo presente no sentido literal nesta última temporada, afinal, quando "Ozark" foi alegria, não é? Você continua recebendo um roteiro inteligente, diálogos entregues com maestria e atuações equilibrando o visceral e emocional do momento ou a frieza e deslealdade. O trio principal segue com uma química deliciosa, provocando no espectador uma variedade de emoções: ódio, raiva, desespero, pena, indiferença, tristeza e satisfação com a "desgraça alheia" (alguns serão saciados e outros talvez não! ¯\_(ツ)_/¯ ).
O letal combustível se mantém: cobiça justificada pela certeza de que não há outra alternativa.
Ah, adicione ganância com uma pitada de "é meu por direito" e há uma saudável cota de desavenças sendo resolvidas, mesmo que custe a corrupção do último justo. Fique até a última cena para essa parte! ;-)
"Ozark" imprime o mesmo ritmo que cativou seus fãs.
Fotografia, interpretações, direção, sensibilidade, diálogos intrincados, situações explosivas e algumas bem inesperadas. Padrão "Ozark", fique tranquilo!
A escolha do roteiro ao ser forçado trazer duas partes coesas e interessantes pode perder um pouco dessa necessária ligação.
Família sempre foi o fio condutor de todas as escolhas, mas pode passar uma sensação de cansaço com tramas que se prolongam mais do que o necessário ou trabalham em paralelo de algo que deveria ser central, poderoso e destrutivo trazendo um ápice para o fim da história e pode apenas ser mais das mesmas dificuldades pessoais, profissionais e dificultadores "mirins", reciclados.
O que é novo soa vazio e sem a combustão necessária para queimar. Talvez se tivesse sido mais desenvolvido na terceira temporada, plantado a "semente do ranço", sua presença na última temporada seria mais orgânica e realmente completa.
"Ozark" manteve o cuidado a honestidade da história em seu último ato. Há obviamente a maturidade de personagens ganha pelo crescimento tão natural trazido com mortes, perdas, ambição, desequilíbrio, traição, assassinatos e o desconfortável turbilhão criado pela singela família, de um simples contador.
Ninguem sai limpo e alguns talvez impunes, mas o mundo não é justo e os Byrde demonstram isso de forma muito simples expondo que todos podem ser "dano colateral" quando se lava dinheiro, para um cartel Mexicano.
"Ozark" fará história junto a todos os seus fãs e naturalmente oferece um desenlace que não trará absoluta aceitação, mas essa é a graça de se importar por algo, torna tudo mais passional.
Bom desfecho e depois conta o que achou!
P. ;-)
#Ozark #Netflix
#JasonBateman #LauraLinney #JuliaGarner #TomPelphrey
Jason Bateman, Laura Linney, Julia Garner, Tom Pelphrey
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