: : Novidade! ;-)

Fornecedores Preferenciais | Iniciativa - Não é um fillme ou série, mas poderia! ;- )

Eu nunca pensei em estruturar "no papel" uma iniciativa como essa - sempre guardei na mente e executei no dia a dia. Dias atrás ao ser perguntado o que poderíamos fazer em algo no segmento de viagens, não gostei da minha própria resposta. Quem nunca!? ¯\_(ツ)_/¯ Como penso melhor em "reflexão" e não "ao vivo", resolvi redigir algo, simples, para nortear o que acredito necessário estar "no radar" durante a Iniciativa. Como gosto de pentágonos (e essa é minha Iniciativa! rs), usarei um aqui. Em cada uma de suas pontas haverá uma diretriz: Quem; Onde; Como; Estratégia; Resultado. No centro do pentágono há algo muito importante, que nunca deve ser esquecido: A Razão dessa iniciativa!

Watchmen (67) Temp. 1


Não temos aqui uma série de super-heróis, embora neste mundo onde pequenas escolhas divergiram do nosso eles existiram e hoje são relíquias do passado, extintos, mas de grande influência na atual sociedade.

"Watchmen" elabora um complexo e coeso universo em seus 9 episódios desenvolvendo não super-heróis, mas pessoas em uma intrincada busca de equilíbrio e ordem. Os uniformes são máscaras para proteger ou omitir identidades - de acordo com sua ideologia e são guiadas pelo que acreditam ou oprimidas a ignorar e desprezar sua raça ou crença.

Os mocinhos usam métodos violentos, extremos e fora da lei, desprezando os direitos humanos daqueles que talvez escolheram infringir a lei. Sim, não há certeza da infração, apenas uma boa possibilidade. Neste mundo nada é superficial, por mais simplista que possa parecer a motivação dos antagonistas há algo mais... uma sigilosa revelação que pode causar dúvidas, revolta, indignação, consequências globais e retrocessos na estrutura social das nações! 
De forma sensata e ponderada durante a série, expõem-se o necessário do que essa revelação pode ser e você recebe o "boom" próximo ao fim (?).

"Watchmen" ousa na escolha de acreditar que sua audiência é inteligente, atenta e ao menos curiosa em unir as pistas por si, não usando do habitual recurso de uma personagem "explicar" o ocorrido ou um narrador contextualizar situações. Você recebe a quantidade necessária de dados para construir sua informação e absorver a consequência, sensibilidade, garra ou dor entregue pelo roteiro. Ex.: O massacre de Tulsa, em 1921 na "Black Wall Street". 

E o roteiro...?
É uma caixinha pronta para uma explosão esculpida por personagens, situações, tramas e sub-tramas que trazem impacto à história principal, episódios com características distintas quando necessário - não há "engessamento", diálogos inquisidores e até filósoficos para atiçar alguma reflexão na audiência. Atenção a sutileza nas situações e reações das personagens naquilo que é o "novo atual",que ocorre há pelo menos 30 anos e ainda traz medo e paranóia.

Na distribuição das personagens utiliza-se equilíbrio sem haver exagero de foco numa em detrimento das demais, embora haja uma clara definição no protagonismo e no universo direto ligado à essa personagem. As ramificações com as demais personagens são naturais e algumas recebem parte da duração de episódios para aprofundar suas motivações e traumas, que de forma inteligente contextualizam impactos pessoais e "globais" na trama. Pouco é gratuito ou apenas para causar impacto.

Há de se reconhecer a destreza e cuidado na construção da estrutura da trama, personagens, cenografia, trilha sonora e sonoplastia. Efeitos especiais entregam momentos naturais com a cena que é a protagonista naquele momento. Talvez um ou outro "denuncie" sua presença, mas não chega a tirar atenção e portanto, agradeça ao pomposo orçamento que a série recebeu.

Pontos de atenção que não estragam a experiência, mas podem incomodar são poucos e novamente, esta não é uma série de super-heróis é uma provocação social e uma piada a comportamentos considerados aceitáveis puramente pela incapacidade da tolerância ou empatia e arrogância individual que podem constituir um grupo mais notório quando semelhantes encontram-se. O material base é mais do que seu formato original (quadrinhos) quando percebe-se que esse é apenas o meio da mensagem, como é esta série. Enfim... ;-) Fique de olho no seguinte:

- Não há bengalas aqui. As coisas ocorrem e o espectador que lute! ;-) Se houver o conhecimento do filme de mesmo nome (2009) ou dos quadrinhos (1987), melhor, se não tudo bem. Apesar de ocorrerem no mesmo universo, a série altera pequenas situações estabelecidas nessas duas mídias, mas oferece o necessário para seu acompanhamento, no entanto, tenha paciência pois cada episódio conta na resolução. Isso pode incomodar algumas pessoas que "caiam de paraquedas", mas novamente, não estraga a experiência o não conhecimento prévio do que é apresentado ali, mas requer mais atenção;

- Embora faça a ligação de suas situações principais ou sub tramas e use de personagens para fazer chacota com estereótipos de quadrinhos, como vilões e heróis, em alguns poucos momentos ela cai em contradição no que estabelece em seus fatos. Hora algo é segredo e de repente, "todo mundo sabe" ou ainda a "revelação que mudará o mundo" fica um pouco simplória quando se pensa "como que ela não vazou ainda?" e outros pequenos detalhes que não maculam o todo, mas poderiam ser mais atentos na montagem final, talvez;

- Sua última cena é... Sem spoilers, é verdade. Depois me fala o que achou! ;-)

"Watchmen" estabelece uma força narrativa muito forte entregue por excelentes intérpretes e identidade visual cuidadosa para expandir uma história que mesmo que possa ser desconhecida pela audiência, ainda assim consegue ser entendida e interessante. Possui momentos "explode cérebros" onde talvez rever a cena, sequência ou até episódios sejam necessários, mas pela escolha de sair da zona de segurança da trama mastigada, pode agradar e faça o celular ficar em paz esquecido um pouco. Quem sabe. ;-) 

Ah, o massacre de Tulsa de 1921, que é o fio condutor da série, foi real! 
Em dois dias em torno de 1000 pessoas morreram e outras 200 ficaram seriamente feridas. Todas negras.

Eu disse que não era uma série de super-heróis.
P. ;-)



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